maio 03, 2009

POEMA SOBRE ELA

Ela tinha os cabelos compridos
que se faziam curtos
se pela vontade lhe passasse,
Se ela só se imaginasse.
Ou então foi só por delírio meu
que o meu coração assim a viu.
E os cabelos compridos lhe escorriam
e as ideias se lhe desfaziam
quando em falsa paixão
a cama toda lhe enchiam.
Quando em falsa ilusão
ela se compadecia.
E toda a força que podia
e toda a fraqueza que escondia
Toda a convicção que lhe ardia
se fazia de cordas
se fazia de amarras
e ela em arrasto se ficava.

E como se clareza antes tivesse
a vista se lhe toldava,
até ao rebentar da tempestade
E eram raios
coriscos
clarões
torpedos de foguetões!
Quando a paciência se esgotava
Quando ela assim se transbordava.

E em manhã clara de sol
Toda ela se iniciava
no céu azul de um recomeço.
E tanto dela em mim me vi
Que nunca mais me reconheço.

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