julho 31, 2007

Avareza

Bah. Às vezes também dá gozo. Nem vezes a mais nem vezes a menos. Ah!, como eu gosto de falar no equilíbrio que não existe. No fundo sou uma mimada auto-infligida. Mas nunca se sabe. Um dia até as galinhas vão ter dentes se isso lhes conferir vantagem adaptativa.

julho 04, 2007

No caos, um porto seguro é a anulação completa. É o não lutares por mais nada. É o não quereres mais nada. É o arrastares-te deliciosamente na perdição. É o esquecer todas as tuas forças motrizes inatas, porque é aquilo que te move (te enrola, te apaga, te acende, te desconjunta) e é o único caminho que se desenrola (que tu vês) à tua frente. Porque te abraça. E te promete. E não te mente, e não disfarça. Essência, instinto, verdadeira concretização da tua irracionalidade que apregoas? O Dogma quebrado ou instalado? Intensidade, saudade, vício. Absurdo vício com que não sabes lidar. Que não queres confrontar? Questionar? Porque depois do abrigo, do abraço, o caos (aquele que amavas) parece insuportável. Feio. Não a feiura bela a que dedicavas paixão, vida, lágrimas e que era a tua predestinação de ser eternamente insatisfeito, mas o vazio sem sequer o sentido que o acaso tem. Mas continuas insatisfeito e insaciável. Quem te compreende? Nem o colo apertado, porque não te abres todo ao céu. Não podes, ou o caos faria sentido e isso não faz sentido nenhum. Porque te perdias e oferecias. Sem mais moeda de troca, sem apólice de seguro. E porque a tua lógica é a lógica toda de não a teres, porque não sabes, não queres e logicamente não eras tu se a tivesses. És humano exposto a todas as variáveis que o caos te dispõe. Não planeies (nem sequer sabes, oras...). Não penses demasiado que te faz dores de cabeça. Aproveita para gerar mais caos, no teu sofá aconchegado. Porque não entendes e isso sabe-te que nem ginjas. Que maçada!

(como eu te conheço como a mim...)